A existência humana é amparada na repetição dos ensinamentos necessários para a evolução. Enquanto não ultrapassarmos certos obstáculos ou provas, ficaremos estacionados na progressão das ideias e aperfeiçoamento da alma.
Assim tem sido nesta vida como consequência de outras passagens neste plano, tal é o objetivo da multiplicidade reencarnatória. Posto que o corpo falece mas o espírito continua sua jornada necessitando de enfrentamentos para sua ascendência.
Somos a mesma pessoa de outrora, apenas com uma roupagem diferente. Nossas imperfeições morais continuam, embora suavizadas pelas circunstâncias atuais. Assim, dado que trazemos toda bagagem intelectual e emocional que adquirimos, nossa organização social e profissional possui a tendência de repetição, pois resulta do que está depositado em nosso íntimo.
Os tempos e costumes sociais se modernizaram e diante do progresso dos povos, receberam novos nomes ou intitulações. Pois se as situações fossem idênticas, a história registrada nos livros acabaria por desvendar facilmente o processo da pluralidade das existências, corrompendo sua factibilidade de existir.
Nos dias atuais, este contexto histórico e os nomes foram substituídos, em verdade porque não é a denominação que interessa, mas o sentimento de preconceito ou ódio existencial que ainda está impregnado no íntimo das pessoas. Desta forma grupos étnicos, religiosos e políticos continuam sendo perseguidos assim como ocorreu com os Judeus, desde as Tribos de Israel ou Hebreus do Antigo Oriente e mais recentemente através do Nazismo.
Perseguidos e perseguidores são os mesmos, embora em nova época, nova roupagem, denominação e localização no globo. O sentimento nacionalista, o desprezo a democracia e ao sistema parlamentar, o racismo e o anti-comunismo continuam presentes. A conservação de todo este sentimento recebeu sustentáculo nas organizações religiosas e no uso da eugenia do credo, corrompendo mentes e organizações civis, militares e filosóficas, desde o mais humilde até aquele indivíduo supostamente mais intelectualizado.
Enfim, a história irá sempre se repetir até que aprendamos com ela, lapidando nosso caráter e aperfeiçoando nossas atitudes, pois conforme Nosso Senhor Jesus Cristo pronuncia:
“Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros.” João 13:34.