Polêmica – a bandeira nacional e a política

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A polêmica da semana envolve o uso da Bandeira Nacional como instrumento de propaganda política. Muitos concordam, outros divergem desta opinião.

Historicamente os símbolos sempre foram usados para promoverem ideologias políticas. Sua utilização, embora muitos não saibam, tem um significado místico, sendo chamada de “Simbologia”. É encontrada em muitas culturas, religiões e doutrinas em tempos diferentes, como no caso dos Celtas, Budistas, Astecas, Gregos e também em variadas tribos indígenas. Contudo, um símbolo teria o “poder” de influenciar o intelecto das pessoas?

Para compreendermos esta questão, envolve uma investigação científica relacionada ao magnetismo ou energia promovida pela visualização como “gatilho” emocional, que formaria uma corrente eletromagnética. É o que os filósofos ocultistas denominam de “Egrégora”. Ou seja, é uma unificação instituída pela soma das energias coletivas, mentais e emocionais. Assim, quanto mais conhecido o símbolo, maior será a energia produzida.

A Bandeira Nacional tem este poder, de avivar os ideais republicanos, do amor à pátria – À Ordem e o Progresso. Não há cidadão que não se emocione ao ver este símbolo, muito usado principalmente pelos norte-americanos.

São por tais razões que a simbologia foi colocada no rol das chamadas “ciências ocultas”, mas que embora leve este nome, não significa que não possa ser explicada pelas ciências naturais.

Outra ciência oculta que geralmente é usada conjuntamente com a simbologia é a “Ritualística”. Ela também usa o eletromagnetismo presente no corpo humano para sua efetivação. Observamos esta energia em ação nos louvores religiosos, quando todos ao comando do Pastor “erguem as mãos”, ou ainda em cultos filosóficos da Maçonaria, quando os presentes se colocam dispostos em fileiras e os movimentos sincronizados são realizados de forma repetitiva, proporcionando uma conexão e equilíbrio de forças com energias telúricas do cosmo. Está presente desde a antiguidade, como por exemplo, nas danças que circundavam as fogueiras em tempos e civilizações remotas.

As regras que num primeiro momento parecem ser apenas de cunho religioso sempre foram empreendidas numa aliança política pelo poder, possuindo enorme cientificidade, embora alguns sacerdotes e políticos ainda desconheçam. A repetição dos gestos por todos os integrantes do grupo canaliza e potencializa a energia eletromagnética, produzindo uma onda fluídica conforme o número de pessoas envolvidas. Sua prática é realizada constantemente, inclusive fizemos parte dela muitas vezes, sem que saibamos.

Assim é esclarecido como o mundo físico representado pela mobilização influencia o mundo das ideias, muitas vezes afastando a razão na tomada de decisões. Mas engana-se quem pensa que este fenômeno ocorre somente nos templos. São usados, por exemplo, nos quartéis quando os soldados alinhados realizam o mesmo movimento batendo continência ao comandante, fazendo com que inconscientemente fiquem conectados a mesma ordem e comando, levando a uma disciplina de segurança para contenção das armas depositadas em suas mãos. Ocorrendo uma espécie de persuasão que resulta num “efeito manada” que conduz o indivíduo pelo mesmo instinto dos demais. A ritualística também é realizada como forma subliminar de captação do convencimento, feita de forma imperceptível para estimular o consciente, influenciando opiniões, desejos e decisões, ou seja, direcionando as pessoas para um modo de pensar e agir.

Um exemplo esclarecedor é a saudação Nazista, muito difundida na Alemanha da Segunda Guerra – “Deutscher Gruß”, que consistia em esticar o braço direito com a palma da mão estendida para baixo, adotada como um sinal de lealdade e culto da personalidade de Hitler, usada conjuntamente com a suástica.

Igual gesto e expressão eram praticados no Império Romano “Ave Imperator, morituri te salutant ou Ave Caesar, morituri te salutant” (Ave, César, aqueles que estão prestes a morrer o saúdam). Foi usado por criminosos sentenciados a morrer lutando, na presença do Imperador Tibério Cláudio no ano de 52 d.c. que teria respondido “aut non (ou não). Ave César”. Vejam que a “fascinação hipnótica” é tamanha que glorificam aquele que os sentenciou a morte.

Estas “ciências” ainda são frequentemente utilizadas em campanhas publicitárias por profissionais dos meios de comunicação, buscando mais engajamento na venda de ideias e produtos comerciais. Não é outra coisa a não ser um efeito psicológico comum na humanidade, uma forma de estimular o cérebro transformando o desejo numa grande arma de atração que dirige as pessoas para o objetivo pretendido.

Eis a “Ritualística” e a “Simbologia”, que juntamente com outras “ciências ocultas” acabam sendo um poderoso instrumento de convencimento. Infelizmente é historicamente usada de forma indevida e ardilosa por exploradores gananciosos na captação da fé, na política e no meio empresarial, na grande maioria das vezes com total desconhecimento científico, embora conscientes dos seus resultados.

Enfim, caberá ao judiciário dirimir esta questão polêmica, mas sem dúvida a estratégia idealizada com o uso da Bandeira como “Simbologia” já surtiu seus efeitos e talvez continue.

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Mauro Falcão
Mauro Falcão

Na busca pelo conhecimento e a reflexão crítica.

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