O cientificismo é uma visão reducionista que considera a ciência como a única fonte confiável de conhecimento, desconsidera outras formas de compreensão, bem como valores culturais e sociais. No entanto, os defensores desta teoria parecem mais interessados em manter o “status quo” científico do que em promover seu avanço.
A estagnação do progresso muitas vezes está relacionada a interesses financeiros, especialmente na área da saúde, onde há uma concentração de pensamentos negacionistas que resistem a mudanças que possam afetar as organizações estabelecidas.
Isso acontece com as terapias que não agregam valor, independentemente do seu potencial curativo. Desafiar este sistema significa enfrentar grandes interesses do ramo farmacêutico e de toda uma cadeia comercial que lucra com a venda de certos medicamentos. Exemplos como a quimioterapia, a diabetes e AIDS demonstram que a imobilidade terapêutica está ligada a interesses monetários, aonde inovações só são permitidas se trouxerem maiores lucros.
As agências reguladoras, como a Anvisa e o FDA, muitas vezes são influenciadas por este cientificismo mercantil. Empresas não investem em pesquisas científicas sem retorno financeiro e rotas de síntese simples sem valor agregado são excluídas devido à facilidade de manipulação e clonagem, o que diminui ganhos.
A “ozonioterapia”, utilizada desde o século XIX, é um exemplo de tratamento com baixo custo que dificilmente receberá financiamento para estudos mais aprofundados. Há uma tentativa de estigmatização pública em relação a ela e muitas outras terapias para evitar que substituam tratamentos mais lucrativos. Embora sejam necessários estudos mais aperfeiçoados, o bom senso faz concluir que nada perdura por tanto tempo se não trouxer benefícios para quem utiliza. Obviamente a posologia e indicações específicas deverão ser investigadas.
Concluímos, infelizmente, que para um medicamento ser amplamente adotado, não basta ser eficiente, mas também precisa convencer todos os participantes deste processo, principalmente sistemas pedagógicos, patrocinados justamente por quem deve ser combatido.
Sem dúvida estamos diante de uma realidade simulada impetrada conscientemente por alguns e inconscientemente pela maioria dos agentes de saúde. Deter o poder de uma organização extremamente poderosa requer um engajamento de vários organismos e instituições e, principalmente, de colocarmos o direito à vida antes da mercadização.
“A cura está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias” – Hipócrates.